quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

texto 1 - IMPERIALISMO NO SÉCULO XIX

Fome e miséria na Índia durante a dominação inglesa.

















Na segunda metade do século XIX o capitalismo industrial sofreu profundas transformações. O desenvolvimento das forças produtivas, motivadas por novas invenções e novas fontes de energia (eletricidade e petróleo), deu um impulso à produção industrial em grandes proporções. Esse crescimento levou os homens a um otimismo em relação ao futuro da humanidade. O Capitalismo, enquanto sistema econômico, apresentava-se capaz de atender e superar as necessidades dos homens; ao mesmo tempo em que esse crescimento já apresentava outra necessidade: expandir-se para além das fronteiras dos países industrializados, a fim de resolver o problema do excedente.
É importante saber que essas mudanças transformaram o capitalismo industrial, na Europa, EUA e Japão, em capitalismo financeiro ou monopolista, o que significa dizer que a produção e o comércio passaram a se submeter a instituições financeiras. Ou seja, os banqueiros e industriais uniram-se, dando origem a grandes monopólios.

Outro excedente, neste período, além da produção industrial, foi populacional. Assim, a solução foi expandir os negócios para outros continentes e estimular a imigração, principalmente da população excluída dos benefícios do desenvolvimento capitalista, em outras palavras, trabalhadores desempregados e camponeses sem terra.
A África e a Ásia foram o destino dos negócios dos europeus. Os países desses continentes passaram a ser consumidores de produtos industrializados, áreas de investimentos de capitais e de colocação do excedente populacional europeu. Ao mesmo tempo em que se tornaram fornecedores de matérias primas (ferro, cobre, petróleo, trigo, algodão e etc.) para os países industrializados.
Mas, como se deu essa relação comercial?
As relações entre os países industrializados europeus e países periféricos, afro-asiáticos, se deram por meio da força. Estruturou-se uma dominação política, econômica e cultural européia desarticulando sociedades de história milenar. No caso da África, a Conferência de Berlim (1884 – 188) promoveu uma efetiva partilha do continente da qual participaram 14 países europeus, Estados Unidos e Rússia.
Entretanto, para além da “diplomacia do canhão, era necessário que a dominação se legitimasse. Em outras palavras, a exploração deveria justificar-se não só pela força, mas, pelas idéias. Para isso o mito da superioridade do homem branco, missionário da civilização européia nas sociedades ditas “inferiores”, responsável em levar a essas sociedades os valores ocidentais e a fé cristã, foi o argumento de dominação cultural. Essa ideologia, legitimada cientificamente pelo darwinismo social, em outras palavras, o homem branco era mais apto e mais evoluído em sua natureza a outros povos, serviu na verdade, para intensificar o mecanismo de exploração internacional.
No aspecto político a dominação poderia se dar pela administração direta ou indireta, conforme o contexto social e político das partes envolvidas (metrópole e colônia). No primeiro caso a dominação política se dava com a ocupação dos principais cargos governamentais por agentes metropolitanos. Na administração indireta a aliança entre as elites locais e os agentes metropolitanos garantia o controle político nas colônias.
Esse contexto acabou por provocar uma corrida imperialista na África e Ásia; ao mesmo tempo em que o desenvolvimento industrial permitia uma modernização e incremento no setor militar nos países europeus. A situação política, traduzida em acordos e alianças entre os países europeus, se tornava complexa, sobretudo, com a chegada tardia da Itália e da Alemanha, países recentemente unificados, na disputa por colônias.
O quadro estava se completando. Seu desenho esboçava um conflito envolvendo toda a Europa mais países envolvidos na política imperialista, EUA e Japão. Suas cores definiriam a Primeira Guerra Mundial, ou A Grande Guerra, emoldurado pelo desenvolvimento de um país recente mais que já nascia potência econômica e militar: a Alemanha.


12 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Muito Obrigado professor!
    O senhor sempre com atitudes inovadoras,
    que nos ajudam a progredir nas aulas de História!
    Devo admitir que o Senhor me mostrou o lado da história
    que não conhecia, me mostrou o interesse que nunca tive
    e sempre serei grato por isso!!
    Valeu Anézio!!
    Ruan Lenon

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  3. Fico feliz, de verdade, como professor pelo seu interesse, Ruan. Estou a seu dispor para o que for necessário.

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  4. Professor gostei muito do blog e estou a disposição do Senhor para qualquer coisa relacionada a escola, estou gostando muito de suas aulas, estão sendo de grande valia para mim.

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  5. Daiana, a idéia de cada turma criar seu blog, com o objetivo de ser mais uma opção de estudos, talvez não só de história, mas de outras disciplinas, que você sugeriu é ótima. Contudo, a iniciativa deve ser dos alunos. Certamente, Sala de História vai precisar de iniciativas assim. Obrigado pela FORÇA e apareça sempre.

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  6. Está de Parabéns professor, tudo ficou bem legal. Foi uma ideia "inovadora", para o ciep (: eu sempre gostei de história e gosto da sua explicação!
    Obrigada Anezio.
    Martha Ellen Turma:3006

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  7. wlw anesio vc cada vez mas procurando uma melhor forma de ensina com simplicidade esse blog vai nos ajudar bastante
    obrigado
    douglas paz 3005

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  8. Ficou excelente o blog, alem de ser uma forma de prazer para o senhor é uma forma de motivação para nós.
    Todos os professores deveriam fazer isso acabar com a famosa "rotina" e levar a aula a um patamar mais alto e mais criativo.
    Parabéns.

    Rodolfo Aleixo Turma: 3006

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  9. Martha, Douglas e Rodolfo.
    Obrigado pela visita, fiquem a vontade para tirar dúvidas, discutir e criticar.
    Voltem sempre!!!

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  10. Parabéns, amigo!
    É muito bom saber que a Educação pode contar com profissionais como você...Um profissional dedicado que sabe enxergar verdadeiramente os seus alunos, oferecendo possibilidades para que eles possam ir além.
    Parabéns! Um grande beijo,
    Sua amiga,
    Maria Amélia.

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  11. Que alegria!!!
    A professora Maria Amélia, além de amiga de muitos anos, é educadora de larga experiência do município do Rio de Janeiro. Vindo de você, Memélia,que faz parte dessa história, é uma grande alegria.
    Obrigado por tudo.

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  12. olá professor como q vc está?
    pod continuar postando as coisas aí q stou sempre d olho
    um abraço

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